A dualidade entre força e fragilidade permeia a produção de muitos artistas. Com Duda Moraes não é diferente. A carioca mesclou inspirações na bagagem, trazendo cores intensas e as vivências de Bordeaux, sudoeste da França, onde mora há sete anos. E claro, entregou tudo na exposição “ Entre force et fragilité, e a continuação do gesto”, inaugurada na última quarta-feira (10), na Anita Schwartz Galeria de Arte, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.
O ponto de partida da exposição é a natureza, e no térreo da galeria, a artista apresenta um enorme painel feito de seis pinturas vibrantes, cada uma medindo 1,95 de altura por 1,30 de largura. Em comum, a paisagem tropical, uma característica forte de sua pesquisa artística. Já em telas menores, ela mostra seu olhar sobre as delicadas flores primaveris da cidade francesa, onde casou e teve seu primeiro filho, Tito.
— Não pinto flores. São elas que me dão vontade de pintar. Tem as questões do feminino, a ambiguidade entre força e fragilidade, e exploro muito o gesto, as formas, o equilíbrio das cores — ressalta Duda.
Durante a noite, ela ganhou abraços de Isabela Capeto, Evangelina Seiler, Jeane Terra, Eva Doris, entre outros nomes. O vernissage também marcou a primeira aparição pública do jornalista Luiz Menna Barreto após a morte de seu companheiro, o também jornalista Leandro Gomes.
Crédito das imagens: Cristina Granato