Ele foi, com todo o respeito ao cargo, da pá virada. José de Souza Pinto (1947-2019), mais conhecido como padre Pinto, era, além de religioso, um contestador. Bailarino por formação, ele ficou conhecido por celebrar no Dia de Reis, na Igreja da Lapinha, em Salvador (BA), missa nas qual incorporou à batina acessórios ligados à cultura indígena e às vestimentas de religiões de matriz africana. A vida desse sacerdote transgressor inspirou uma peça teatral.
“Padre Pinto” foi apresentada em leitura dramatizada, na noite da última terça-feira (28), no Teatro Unicid, em São Paulo, e foi prestigiada pela atriz Leona Cavalli. O texto, até então inédito, foi escrito por Luís Marfuz, baiano como o personagem central e diretor da apresentação.
O papel-título foi lido por Ricardo Bittencourt, à frente de 13 integrantes, entre atores e músicos, todos ligados ao Teatro Oficina, que teve como um de seus fundadores o saudoso José Celso Martinez Corrêa (1937-2023). A apresentação foi realizada por Fioravante Almeida e Camila Bevilacqua, dupla de produtores das mais respeitadas na capital paulista.
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