Meninas superpoderosas

março 17, 2024

Cinco talentos femininos unem-se em coletivo para chancelar a potencialidade das mulheres acima dos 50 anos

Elas têm muito em comum. São cantoras e compositoras arrojadas e talentosas. São também cinco mulheres com mais de 50 anos e que, portanto, sabem bem a dor e a(s) delícia(s) de serem o que são. E quem são elas afinal? Estamos falando de (em ordem alfabética) Ana Costa, Andréa Dutra, Crikka Amorim, Germana Guilherme e Patrícia Mellodi. Elas equalizam talentos e timbres no coletivo 50+, cujo EP está fazendo barulho (no melhor dos sentidos).

O projeto, apropriadamente lançado neste mês de março, vem chamando atenção do público e de colegas que são para elas faróis nas suas trajetórias artísticas. “Linha do tempo”, faixa que abre o projeto, tem a participação da diva Áurea Martins. Outro nome a chancelar a qualidade do coletivo é o da cantora Leila Pinheiro, uma das grandes vozes da nossa música.

– Mulheres talentosas, juntas, diversas, misturadas, com suas vozes próprias, criações e diferenças. Como é bonito e potente esse farto e raro abraço musical. Aplaudo e vibro feliz por elas e por todas nós, guerreiras incansáveis e vitoriosas. Mulher é foda! – celebra a veterana.

E o adjetivo com que Leila arremata seu comentário não está ali por acaso. Ele alude a uma das faixas do projeto, mais exatamente à canção “O amor é foda”, de Patrícia Mellodi. E a  cantora e compositora destaca a potencialidade surgida desse encontro entre mulheres tão diversas:

–Nós sempre trabalhamos sozinhas e, quando nos vimos trabalhando em conjunto, isso deu um alívio nos nossos corações, além de uma força para a gente. A mesma vontade de realização que há numa há também nas outras. Percebemos como somos parecidas apesar de diversas.

E ela não é a única a destacar tal feito. O entusiasmo com o resultado é mais um elo que une (ainda mais) as cinco artistas. Crikka Amorim destaca um elo que irmana as cinco mulheres tão diversas: o interesse que têm em comum pelo fazer artístico.

– A experiência está sendo enriquecedora em todos os sentidos, tanto no da musicalidade quanto no da força do feminino, da união das mulheres, seja pelo viés da amizade ou pelo do amor. A gente se junta, se acolhe e se une em prol deste objetivo de fazer música, de fazer arte e isso tende a crescer cada vez mais – destaca Crikka.

E ninguém duvida disso. Abram alas!

Crédito da imagem: Otto Vay

Posts recentes

Palco em páginas

Isabel Fillardis estreia como escritora com o lançamento da sua autobiografia

Um doce para o olhar

Exposição do fotógrafo Slim Aarons chega a São Paulo com imagens de momentos da vida da alta sociedade dos anos 1960 e 1970

Despedida difícil

Morre Mario Sérgio Celidônio, filho do aclamado chef José Hugo Celidônio