Em se tratando de celebrações, presentes são esperados. E quando se comemoram os 50 anos de carreira de Alcione, quem se deu bem foi o público. Mais exatamente o que, na noite do último sábado (02), lotou o Qualistage, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para reverenciar a artista na sua volta aos palcos após ser enredo da Mangueira no Carnaval.
Presente na plateia, Zeca Pagodinho surpreendeu a amiga e seus músicos ao adentrar o palco de surpresa. A “visita” acabou levando o público a pedir que ele cantasse, fazendo com que a banda atacasse com “Mutirão de amor”, sua parceria com Jorge Aragão e Sombrinha, cantada com Alcione. A aparição levou a artista a elencar episódios anedóticos sobre ambos.
– Ele é assim. Certa vez estava eu na minha casa, quando da portaria telefonam dizendo que o Zeca havia chegado. “Meu Deus, o que o Zeca quer comigo às dez da manhã?, me perguntei. Ele chegou e, lá pelas tantas, perguntou se podia trazer o engradado (de cervejas), que havia deixado no carro. E ele ficou lá o dia todo – recordou a Marrom.
Um outro episódio lembrado pela cantora ocorreu numa apresentação na quadra da Império Serrano. E, na ocasião, Alcione livrou o amigo de uma fã muito afoita, digamos assim:
– Uma moça não parava de se engraçar para o Zeca. Quando subi ao palco, falei que ele estava atrasado com as pensões dos nossos três filhos. A pequena desapareceu na hora.
Se Zeca cantou de surpresa, o mesmo não pode ser dito sobre Karinah, afilhada artística de Alcione. Chamada ao palco, a jovem dividiu com a madrinha os vocais em “Sufoco” e, esbanjando segurança e graciosidade, solou ainda em dois números. E mostrou, assim, as credenciais para vir a ser uma das grandes intérpretes da sua geração. Evoé!
Crédito das imagens: Babi Furtado e Dantas Jr.