Charles Fricks trilhou no teatro um caminho que o coloca, hoje, entre os atores mais celebrados da sua geração. Na TV e no streaming, ele come pelas beiradas e destaca-se a cada novo trabalho. Assim foi com o Ademir, o irmão bom caráter do inescrupuloso Antonio La Selva (Tony Ramos), em “Terra e paixão”.
Acontece que Charles tem na literatura uma das ferramentas para alçar belos voos na sua arte. Um belo exemplo disso é “O filho eterno”, solo criado a partir do romance homônimo de Cristóvão Tezza e que rendeu ao ator merecidamente o Prêmio Shell, o mais importante do teatro brasileiro.
E Charles volta a beber na literatura em um novo projeto. O ator estará em “Ainda estou aqui”, novo filme do grande Walter Salles. O roteiro foi criado a partir do livro no qual Marcelo Rubens Paiva revisita o desaparecimento de seu pai, o deputado Rubens Paiva (1929-1971), após ele ter sido preso pela ditadura.
E o ator volta também às suas origens. Ele retoma neste primeiro semestre os trabalhos com a Cia Atores de Laura, através da qual se projetou.
– O ano de 2023 foi intenso e de muito trabalho, mas não quero saber de férias. Estou ansioso para os próximos capítulos que 2024me reserva – celebra ele.
E que eles sejam vibrantes como os de “Terra e paixão”.
Crédito da imagem: Guto Costa