Laços longevos

janeiro 4, 2024

Caetano Veloso e Marina Lima se reencontram na Bahia e reiteram amor que nada tem de estranho

Eles se conhecem de longa data e se admiram muito – mesmo que parecessem ser modestos. E, por essas circunstâncias da vida (ou do acaso), há muito que também não se encontravam. E a cidade de Salvador (BA) os (re)uniu. Estamos falando de dois grandes nomes da nossa música:  Caetano Veloso e Marina Lima. O cantor e a mulher, Paula Lavigne, passam, como de costume, o verão naquela capital, onde a diva pop esteve por dez dias.

Os laços que unem Marina a Caetano vêm de antes de a cantora estrear no mercado fonográfico, em 1979, com o LP “Simples como fogo”. A artista vem a ser parenta das irmãs Dedé e Sandra Gadelha, primeiras mulheres de Caetano e de Gilberto Gil, respectivamente. Isso mesmo. Tia de Dedé e de Drão, a saudosa Léa Millon, conhecida no meio musical como Tia Léa (e a quem Jorge Ben Jor cita na letra de “W. Brasil”) vem a ser prima de Dona Amélia Corrêa Lima, mãe de Marina.

Sem falar que Marina incluiu “Muito”, do compositor, no seu álbum de estreia, o supracitado “Simples como o fogo”, e viria a dividir os vocais com o amigo no seu segundo LP, “Olhos felizes” (1980), na faixa “Nosso estranho amor”. Na mesma década, Caetano gravou “Bobagens meu filho, bobagens”, de Marina e Antonio Cícero, no seu álbum “Uns” e, no início da nova década, Marina escolheu os primeiros versos de “Ela e eu”, de Caetano, para a abertura do CD “Marina Lima”.

Aberto e fechado esses parêntesis, voltemos a Salvador. A capital baiana está um fervo só – e não poderia ser diferente. Quem também está por lá neste início de ano é o cantor e compositor Seu Jorge e o casal Benedita da Silva e Antonio Pitanga.

Crédito da imagem: reprodução (instagram)

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