Nélida Piñon (1937-2022) faleceu tendo conseguido realizar um feito ao qual vinha se dedicando com afinco: ver publicado seu último romance. Acontece que a escritora, cujo estilo faz dela única entre seus pares, trabalhava em outros projetos, um deles deixado pronto antes de sua partida. “Os rostos que tenho” (Record) reúne textos curtos nos quais Nélida reflete sobre diferentes temas num estilo híbrido entre o relato e a memória, a exemplo do que fez em obras anteriores como em “O livro das horas”.
O lançamento, na noite da última quinta-feira (14), na Janela do Shopping da Gávea, marca o primeiro ano da morte da grande escritora. E estendeu-se a uma das salas do Estação NET Gávea, onde trechos da coletânea foram lidos por mulheres poderosas: a atriz Beth Goulart e a escritora Carla Madeira – hoje a autora mais lida no país – em conversa capitaneada por Rodrigo Lacerda, editor da Record.
Crédito das imagens: Eny Miranda