Uma das mais importantes cidades históricas do Rio de Janeiro completa 180 anos. E ganha dois vultosos presentes – um deles uma joia cujo brilho volta a reluzir. Estamos falando de Petrópolis, cidade na qual a família imperial refugiava-se das altas temperaturas (políticas, inclusive) da corte. A cidade serrana fluminense ganha de volta um teatro, totalmente revitalizado, no mesmo fim de semana em que ocorre seu festival de cinema.
A casa de espetáculos em questão é o Teatro Imperial, que reabre nesta quarta-feira (22) com show da cantriz Patrícia Korgut, conhecida pelo público dos musicais em que atuou. Coube a ela a iniciativa de reformar o espaço, inaugurado em 1955 como Teatro Santa Cecília. E a artista não encarou sozinha a empreitada. Com ela está seu marido, o produtor Paulo Lopez, seu sócio na Natureza Produções, e que já cuidou da gestão de espaços como o Imperator, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
– O Teatro Imperial será um espaço de pluralidade artística, unindo música, teatro, dança, artes visuais, entre outras expressões, com o objetivo de atrair os mais diversos públicos e espetáculos – destaca a atriz, que reinaugura o local com o show “Meus caros amigos”.
De falta de opões culturais o petropolitano não pode reclamar. A cidade recebe, a partir desta quinta-feira (23), o Festival de Cinema de Petrópolis, que, pela primeira vez em oito edições, terá mostra competitiva e acontece no Cine Show, inaugurado há um ano no Pátio Petrópolis Shopping.
E o evento vai homenagear não somente os 180 anos da cidade como outras importantes efemérides e personalidades relacionadas àquele município e à sétima arte. Alberto Santos Dumont (1873-1932), o pai da aviação, que veraneava ali, será lembrado pelos seus 150 anos.
E não somente ele. O produtor e diretor Paulo Cesar Saraceni (1932-2012) terá três de suas produções exibidas numa mostra especialmente a ele dedicada. Já os 60 anos da LC Barreto, a mais importante produtora de cinema do país, serão também festejados. E a Globo Filmes e o Canal Brasil, que completam concomitantemente 25 anos, serão festejados com uma placa no cinema. A inauguração acontece na abertura da mostra, quando será exibido Raoni – Uma amizade improvável”, documentário sobre o importante líder indígena, dirigido por Jean-Pierre Dutilleux.