Olhar pioneiro

setembro 19, 2023

O jornalista Valmir Moratelli lança livro em que analisa a questão da velhice masculina no setor do audiovisual

Quando a palavra etarismo ainda não tinha a visibilidade de hoje, o assunto já intrigava o jornalista Valmir Moratelli. Mais exatamente a questão do envelhecimento masculino no setor do audiovisual. A ponto de fazer do tema sua tese de doutorado, defendida no fim do ano passado. “A invenção da velhice masculina – Da antiguidade às séries de streaming, como se formou a ideia do homem idoso” (Matrix) será lançado na próxima terça-feira (26), na Livraria da Travessa de Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro.

O estudo teve como um de seus pilares conversas com dois dos mais importantes atores brasileiros. Um deles símbolo do nosso cinema; o outro, parte da História da nossa TV. E, coincidentemente, dois xarás: Antonio Pitanga e Antonio Fagundes. Os dois falam abertamente sobre suas experiências, suas relações com a passagem do tempo e de como a idade tornou-se limitadora em suas vidas profissionais.

– O livro é uma adaptação da tese, em que pesquiso o envelhecimento masculino e suas representações, tanto no Audiovisual quanto nas artes em geral. Faço um apanhado geral de como as representações das figuras masculinas são alteradas ao longo da História por diferentes sociedades – conta o agora doutor em Comunicação.

E o leque aberto por ele foi amplo. Vai do Antigo Egito aos dias de hoje, em que boa parte do entretenimento das famílias dá-se através do streaming. O autor acaba por mostrar, através de diferentes exemplos, que a representação do homem idoso sempre foi pautada por definições mutáveis, influenciadas por fatores culturais e sociais.

– A obra discute também como a estética da juventude se sobrepõe à diversidade de experiências dos mais velhos, especialmente no meio audiovisual – arremata o jornalista e colunista da Veja.

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