Reverência múltipla

setembro 19, 2023

Fafá de Belém e Zeca Pagodinho unem-se a 26 vozes em tributo à importante dupla de compositores do Pará

Canções como “Pauapixuna” e “Foi assim”, lançadas por Fafá de Belém nos anos 1970, fizeram com que o país conhecesse dois grandes compositores do Pará: Paulo André e Ruy Barata (1920-1990). Este teria completado 100 anos em 2020 e, três anos depois, ele e seu parceiro serão merecidamente reverenciados pelos mais importantes nomes da nossa música. Vinte e oito artistas emprestam suas vozes à “Música de Paulo André e Ruy Barata”, que chega às plataformas nesta quinta-feira (21) e, mais adiante,  sairá em CD duplo pela Biscoito Fino.

O time escalado não poderia ser mais sortido. Fafá, que abriu alas à dupla, faze-se presente em dose dupla (e não poderia ser diferente), com “Porto Caribe” e “Tronco submerso”. O álbum traz ainda nomes como os das também paraenses Dona Onete, Leila Pinheiro e Jane Duboc, além de Joyce Moreno, Áurea Martins, Zeca Pagodinho e Zé Renato.

A clássica “Foi assim” abre o álbum na voz de Maria Rita. Outros jovens talentos como Monica Salmaso, Zeca Baleiro e Sandra Duailibe também participam do projeto, fechado pelo padre Fábio de Melo, que interpreta “Litania”.

Os craques não estão só na linha de frente. O projeto tem produção do sempre sofisticado  José Milton, que solta também a voz em “Urgente”, e tem suas faixas arranjadas por feras como Cristóvão Bastos, Rildo Hora e Luiz Pardal, entre outros.

O Brasil parece, como naquela canção, desconhecer o próprio país. Ou mesmo, devido a modismos, esquecer de parte dele. Essa iniciativa joga luz sobre um legado musical que não pode ser varrido como acontece com o bioma do Norte do país.

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