Ao mestre, com carinho

julho 31, 2023

Môa do Katendê, brutalmente assassinado em 2018, tem sua importância cultural reavivada em documentário

Môa do Katendê ajudou a revolucionar o Carnaval da Bahia. Mais do que isso: foi um símbolo da cultura negra naquele estado. A voz desse compositor e capoeirista acabou silenciada em outubro de 2018, pela intolerância que, a partir de então, grassou o país. O legado do mestre ficou, e sua vida é narrada num documentário. “Môa, raiz, afro, mãe” chega às salas do país, na quinta-feira (03), após ser aclamado em importantes festivais no Brasil e mundo afora.

O filme, dirigido por Gustavo McNair, começou a ser produzido com o mestre ainda vivo, o que possibilitou ter alguns de seus depoimentos. O documentário traz ainda falas de importantes nomes da música, como Gilberto Gil e o agora também saudoso maestro Letieres Leite (1959-2021), da Orquestra Rumpilezz, que, em comum, conheceram o compositor e foram por ele influenciados de alguma maneira.

– Môa se tornou um símbolo. As gerações que vieram após a dele entendem a sua importância e o que ele significa para a Bahia, o Afoxé e à cultura – observa Beto Barreto, do Baiana System, em depoimento para o filme.

O documentário, produzido pela Kana Filmes, já passou por mostras internacionais como o Festival du Cinéma Brésilien de Paris, onde foi assistido este ano, e pelo Festival Internacional do Documentário Musical ( In-Edit Brasil), além de mostras brasileiras como o Festival de Cinema de Alter do Chão, no Pará.

O cantor e compositor Gilberto Gil é um dos grandes nomes que participam do documentário

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