Edu Lobo é aquele tipo de artista que está na categoria dos grandes gênios da nossa música. É da mesma estirpe de Villa-Lobos (1887-1959) e de Tom Jobim (1927-1994). Tal e qual outro gênio que fez sua cabeça, João Gilberto (1931-2019), não é muito chegado aos palcos. E, justo por isso, cada sua aparição nos tablados, cantados no LP “Valsa da meia-lua”, deve ser celebrada. O compositor, que completa 80 anos em agosto, aporta no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, entre a próxima sexta (30) e domingo (2 de julho).
E não estará só. Compositor atento aos mais belos timbres, tendo ajudado a projetar nomes como os de Jane Duboc e Monica Salmaso, ele terá nas apresentações a participação da jovem Vanessa Moreno, cantora e violonista surpreendente, para não dizer brilhante (e quem a viu abrir o show de Zélia Duncan e Paulinho Moska no Circo Voador há de concordar).
Edu estará, por sua vez, acompanhado por quatro dos mais relevantes músicos da atualidade. Sua banda é composta por Cristóvão Bastos (piano), Jurim Moreira (bateria), Jorge Helder (baixo acústico) e por Mauro Senise (sopros).
Serão certamente apresentações antológicas. À altura para abrirem os festejos pelas oito décadas deste que, através da música, tem o dom de transformar o espectador em colibri.
