Qual o termômetro para o sucesso? Ingressos esgotados? Uma longa fila diante da bilheteria? A resposta é sim a todas as perguntas com um acréscimo: o clamor popular. E todos eles a Studio3 Cia de Dança conhece bem. A companhia, uma das mais queridas do país, volta ao MASP Auditório para novas apresentações de “Pessoa(s)”. As sessões são nesta quinta (22) e sexta (23), às 20h, com entrada franca.
Desde que “Pessoa(s)” estreou, reabrindo o MASP Auditório em abril de 2022, o pedido para mais apresentações tem sido uma constante. E o espetáculo já foi visto no Teatro Sergio Cardoso e volta novamente ao teatro na Avenida Paulista, sempre com casas lotadas e o público aplaudindo de pé ao fim de cada sessão.
Os textos do poeta português Fernando Pessoa são o ponto de partida da montagem, cuja concepção é assinada por Anselmo Zolla em parceria com William Pereira. O espetáculo tem como premissa um “eu” que se desdobra em outros num conjunto em que os bailarinos são os famosos heterônimos do autor de “O livro do desassossego”.
E, juntos, constroem cenas nas quais a palavra poética se materializa nos gestos, nos corpos e nas coreografias, assinadas por Zolla com direção cênica de Pereira. A concepção cênica é acrescida ainda da iluminação de Caetano Vilela e da trilha escolhida pelo DJ e produtor musical Felipe Venancio.
A maioria dos escritos do poeta ficou guardada num baú, sendo publicada postumamente. A partir disso, a cenógrafa Renata Pati criou um espaço cênico composto por aparas de papel, fragmentos poéticos e por baús que guardam e revelam histórias humanas. Já os figurinos, assinados pelo premiado Fábio Namatame, colaboram com a movimentação cênica ao mesmo tempo em que ajudam a revelar a trama.
Criada em 2005, a Studio3 Cia. de Dança já representou o país em apresentações internacionais em cidades como Milão, na Itália; Paris e Lyon, na França; Regensburg, na Alemanha; Lisboa e Porto, em Portugal. Sua criação representa a consolidação de um trabalho artístico cuidadosamente preparado pelo seu coreógrafo e diretor artístico, Anselmo Zolla, sob a direção geral de Evelyn Baruque.
Crédito das fotos: Leandro Menezes