O que você faria com botões que se soltaram de uma camisa antiga? Ou com aqueles velhos selos postais no fundo da gaveta? Aquelas peças de dominó incompletas? O artista plástico pernambucano José Patrício dá um belo destino a esses materiais na sua mais nova exposição, aberta na noite da última quinta-feira (18), na Galeria Nara Roesler, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro.
– Houve uma tentativa de dar unidade a partir dos elementos e do tratamento que foi dado a eles, no caso o botão. Por outro lado, este aspecto cinético que existe nas obras também traz esta unidade – conta o artista, que também fala da perenidade do objeto: – Quando encontro um conjunto de botões em armarinhos, liquidações, resgato e organizo, de alguma maneira, numa estrutura que é harmônica. É um pouco como dar ordem ao caos.
As obras de Patrício trazem uma característica forte: a padronização geométrica. Uma das obras expostas é composta por dominós, a exemplo da criada para o Convento de São Francisco, em João Pessoa (PB), em 2005.
A capacidade de José Patrício de dar novo sentido a objetos do cotidiano já o levou a exposições Brasil afora e também a museus na França e em Hong Kong.
Crédito das imagens: Murillo Tinoco