Certos atores tiveram oportunidade de viver grandes momentos no palco e na TV. Fúlvio Stefanini faz parte desse grupo. Na TV, onde estreou nos anos 1950, ele participou de programas antológicos como a série “O vigilante rodoviário” (1961) e atuou nas versões originais de novelas como “As pupilas do senhor reitor” (1970) e “Gabriela” (1975), exibidas, respectivamente, pela Record e pela Globo. Esse ator completa, neste 2023, 68 anos de excelentes serviços prestados ao ofício que abraçou. E a celebração será no palco.
Fúlvio volta a apresentar, em São Paulo, a premiada peça “O pai”, do francês Florian Zeller, que rendeu a ele o prêmio Shell, um dos mais prestigiados do teatro brasileiro. A montagem já foi assistida por mais de 80 mil espectadores nas 200 apresentações desde sua estreia em solo brasileiro, em 2016. A nova temporada fica em cartaz no Teatro Uol de 05 de maio a 1º de Julho.
A encenação tem um sabor especial para o artista. Ela é dirigida por Léo Stefanini, seu filho mais novo, e o feito enche o ator de orgulho: a montagem acabou premiada também nas categorias Espetáculo do Ano e Melhor Cenografia (para André Cortez). Tais feitos corroboram a qualidade da peça, que, em 2014, levou o Molière, prêmio máximo do teatro na França.
E no cinema não foi diferente. Adaptada pelo próprio autor em 2020, a produção deu a Anthony Hopkins o Oscar de Melhor Ator, levando ainda a estatueta no quesito Roteiro Adaptado.
Sim, as láureas atestam a excelência de um trabalho que fica ainda melhor quando acolhido pelo público. E, pelo andar da carruagem, ele vai se fazer presente. E Fúlvio merece.
Crédito da imagem: João Caldas Filho
