A ancestral arte da pintura corporal entre as tribos indígenas é o tema da nova mostra de curtas-metragens do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o MASP, organizada pelo coletivo Bepunu Mebengokré. O coletivo é coordenado pelo jovem líder e cineasta Bepunu Kayapó, cuja ideia é assumir protagonismo na apresentação das histórias do seu povo para a sociedade não indígena por meio de produções audiovisuais e, com isso, contribuir para a efetivação dos direitos do povo Mebengokré e ajudar no combate ao ecocídio na Amazônia.
– Nós somos os guardiões da natureza. Respeitem nossa terra. Nossa história começa antes de 1500 – disse Kayapó, filho do cacique Bepkaeti, da aldeia Moikarakô, localizada no município de São Félix do Xingu, sul do Pará.
A mostra apresentará dois curtas: “Menire djê: grafismo das mulheres Mebengokré-Kayapó” e “Mê’ok: nossa pintura”. Com curadoria de Edson Kayapó, curador-adjunto de arte indígena, os projetos documentais compreendem narrativas protagonizada pelas mulheres Mebengokré-Kayapó. As apresentações serão de 24 de março a 18 de junho.