Vinis e CD’s cada vez mais fazem parte de um passado onde a mídia física era essencial. Numa era de consumo onde o digital domina, escutar música é experiência completamente diferente para o usuário. Entretanto, os verdadeiros hits são imortais. No TikTok, centenas de músicas de sucesso dos anos 1970 e 1980 estão voltando a fazer sucesso por causa das trends, impulsionadas por danças, desafios e demais tendências das redes que viralizam e acabam resgatando músicas que caíram em esquecimento. “Forever Young” (1985), da banda alemã Alphaville teve um aumento exponencial na quantidade de streams desde o início do ano – e o motivo é diretamente relacionado ao consumo da faixa no TikTok.
A rede social lançou um filtro de rejuvenescimento para fazer os usuários voltarem no tempo e relembrar o rosto que tinham quando eram adolescentes. A tecnologia de alteração facial viralizou na rede social e, acumulou, até o momento, mais de 4 milhões de vídeos feitos com a canção da Alphaville e com a hashtag #teenagefilter. O áudio já foi usado em mais de 270 mil vídeos e, no Spotify, a busca pelo single cresceu mais de 40%. “Forever Young” fez mais sucesso na América do que na Europa, entrando nos Top 100 da Billboard de 1985 e ficando nos Top 40 da U.S. Hot Dance Music do mesmo ano.
Com um público-alvo jovem, a maioria dos usuários do Tik Tok possui menos de 30 anos de idade, assim sendo mais novos que muitas das músicas que por lá viralizam. Por consequência do uso da rede, as novas gerações se conectaram com hits antigos – e a sessão de nostalgia não demonstra terminar tão cedo. “Just The Two Of Us” (Grover Washigton Jr.), “More Than a Woman” (Bee Gees) e “It Must Have Been Love” (Roxette) também viralizaram. Um pouco mais recentes, porém ultrapassadas, “Dreams” (Fleetwood Mac), “Fergalicious” (Fergie) e “I’m Just a Kid” (Simple Plan) são outros exemplos de faixas que renasceram com o TikTok. É a arte conectando o passado com o presente e norteando o futuro.