Músico e compositor, Pixinguinha (1897-1973) foi um dos responsáveis por sedimentar o samba e o choro como gêneros genuinamente brasileiros. Mesmo no fim da vida, quando o instrumentista exímio já não se mostrava, não deixou suas criações de lado. Desde que seu acervo foi levado ao Instituto Moreira Salles (IMS), iniciou-se a catalogação e pesquisa do material reunido. Dessa labuta, descobriram-se 50 temas inéditos que serão gravados em quatro álbuns digitais pelos mais importantes instrumentistas da atualidade.
Os títulos do projeto Pixinguinha como Nunca serão lançados pela gravadora Deck com direção artística de Marcelo Viana, neto e pesquisador de Pixinguinha, e direção musical de Henrique Cazes, pesquisador dedicado ao legado do gênio. O primeiro álbum, “Pixinguinha virtuose”, traz 12 faixas e reúne Carlos Malta (sopros), Marcos Suzano (percussão), Silvério Pontes (trompete), Marcelo Caldi (acordeon), João Camarero (violão de 7 cordas), além do próprio Cazes (arranjos e cavaquinho).
O álbum será lançado, este mês, quando se completam 50 anos da morte de Pixinguinha. A apresentação será no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (16), véspera do aniversário de morte do compositor. No palco, estarão os seis instrumentistas e Viana, que vai ler os textos de Moacyr Luz gravados no projeto. Na ocasião será lançado também o clipe da faixa “Saudades de Cafundá”, gravado e dirigido por Luciana Andrade.
No mais, é como eternizou Vinicius de Moraes no seu “Samba da bênção”: “A bênção, Pixinguinha, tu que choraste na flauta minhas mágoas de amor”… As mágoas e alegrias de todos nós. Saravá!