Um dos atores mais talentosos da sua geração, Mateus Solano conferiu, na noite da última sexta-feira (03), a montagem de “Perdoa-me por me traíres”, de Nelson Rodrigues (1912-1980), dirigida por Daniel Herz. Na foto, Solano posa com Wendell Bendelack, que integra o elenco, e com o diretor, no Sesc Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde a peça está em cartaz.
Escrita em 1957, “Perdoa-me por me traíres” é daquelas peças que mantém viva uma das marcas do autor: a de escancarar as idissincrasias humanas e, a partir disso, a hipocrisia das relações. Encenada por Herz, a montagem retorna aos palcos, três anos após ser interrompida pela pandemia, com novas marcações e com adaptações ao formato de arena. As mudanças em nada afetaram a proposta tomada pelo diretor: de valorizar o texto e o trabalho dos atores.
– É importante entender como a gente se relaciona com essas contradições que surgem, às vezes, na sociedade. Além disso, ele mostra como as relações familiares podem se deteriorar. Tudo isso com uma ideia de atemporalidade incrível – destaca Herz.