‘O objetivo é eternizar a marca’

janeiro 15, 2023

Filho de Chacrinha (foto), Leleco Barbosa explica as razões de colocar à venda a grife que o apresentador se tornou

Em junho, quando ainda não havia começado a propaganda eleitoral, o apresentador Leleco Barbosa assistia ao Jornal Nacional quando, no intervalo, viu a imagem do pai, Abelardo Barbosa (1917-1988), o Chacrinha, proferindo o bordão “Eu vim para confundir”, um dos inúmeros imortalizados pelo saudoso apresentador. A imagem foi usada indevidamente na propaganda de Luciano Bivar, presidente do União Brasil. Na mesma hora, Leleco acionou seu advogado e, no dia seguinte, uma ação foi apresentada contra o partido.

O episódio é um dos muitos relacionados à memória de Chacrinha e aos quais José Aurélio Barbosa, o Leleco, precisa estar atento. É ele quem responde há 34 anos pelos direitos de imagem do comunicador e por outras marcas registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): Discoteca do Chacrinha, Buzina do Chacrinha, e os bordões “Alô, Terezinha” e “Quem não se comunica se trumbica”.

Leleco deciciu, em acordo com a família, colocar à venda a marca Chacrinha e as demais relacionadas a ela. Ele conversou com NEW MAG, no fim da manhã deste domingo, e explicou sobre o que o levou a tomar tal decisão.

– O objetivo é o de eternizar a marca do Chacrinha. Eu cuido desse legado há 34 anos! Já tive escritório no Jardim Botânico e, hoje, o acervo  na minha casa. São mais de cem fotos e imagens que estão no YouTube. Volta e meia há um caso de uso indevido, fora o número crescente de pedidos para filmes e documentários. Quero cuidar mais de mim e dos meus projetos. Se a oferta for boa, a venda será efetivada – explica ele por telefone.

Com o advento do streaming, Leleco viu aumentar consideravelmente o número de pedidos relacionados àimagem do pai para filmes e documentários, sobretudo de música:

– De poucos anos para cá, autorizei o uso de trechos de programas para os documentários sobre a Blitz, os Titãs, Paralamas do Sucesso e, mais recentemente, o filme sobre Sidney Magal (“Me chama que eu vou”, em cartaz nos cinemas). Sem falar que, do primeiro ano da pandemia para cá, aumentaram os convites para lives sobre o Chacrinha ou sobre temas relacionados à memória da televisão.

Leleco diante de parte do acervo do pai. Crédito da imagem: Girley Oliveira

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