O cérebro eletrônico faz quase tudo, como cantou Gilberto Gil em fins dos anos 1960. Já o cérebro humano é capaz de coisas surpreendentes. Como a de criar um avatar em 3D do próprio Gil. E mais: colocar cara a cara a criação com o muso que a inspirou.
Foi o que aconteceu, na última terça-feira (10), quando o artista conheceu “Gil futurível”, instalação imersiva criada por Floriano Varejão e Clelio de Paula. A obra integra a Bienal de Arte Digital, em cartaz no Oi Futuro Flamengo, onde pode ser visitada até o dia 22.
– Isso são os esboços da imortalidade… A possibilidade de permanecer para o futuro. É tudo que eu sonhava – celebrou o cantor após vivenciar a experiência.
Gil lembrou também as circunstâncias que levaram-no a compor “Futurível”, à qual o título da instalação alude:
– Preso como eu estava, eu tinha que soltar a imaginação. Eu tinha que usar as capacidades imaginativas que me livrassem daquela prisão. A letra de Futurível dá conta desses dois aspectos. Eu queria sair dali com um corpo mais solto e mais complexo de acordo com as expectativas do novo mundo que a tecnologia propicia.
Crédito das imagens: Thelma Vidales