Uma profusão de estilos e o realce de diferenças marcaram a premiação do Grammy Latino. A cerimônia levou, na noite da última quinta-feira (17), ao Mandalay Bay Events Center, em Los Angeles, EUA, nomes de diferentes gerações da música. A cantora Gal Costa, que morreu há uma semana, recebeu carinhosa homenagem de duas divas pop: nossa Anitta e a mexicana Thalía.
Liniker fez história ao ser o primeiro artista transgênero contemplado na categoria Melhor Álbum de Música Brasileira. Já Ludmilla levou a melhor no quesito Álbum de Samba e Pagode. O bandolinista Hamilton de Holanda foi à cerimônia com o filho Gabriel e recebeu a estatueta de Melhor Álbum Instrumental.
Já o grupo Bala Desejo, destaque da nova geração, conquistou o prêmio de Melhor Disco de Pop Contemporâneo. Veteranos como Alceu Valença e Erasmo Carlos também foram prestigiados, respectivamente, nas categorias Melhor Álbum de Raízes de Língua Portuguesa e Melhor Álbum de Rock.
– Existem várias formas de amor, e eu preciso de todas. Obrigado a todos que contribuíram para mais essa vitória. Esse Grammy é o reconhecimento do nosso trabalho. O Futuro Pertence à Jovem Guarda – declarou o Tremendão no Rio de Janeiro.
Se os sambistas João Cavalcanti e Alfredo Del-Penho capricharam no black tie, o rapper Criolo enalteceu brasilidade ao combinar o terno Hugo Boss com um par de havaianas, elas mesmas, as legítimas.
Entre os nomes internacionais, a espanhola Rosalía conquistou o Álbum do Ano, o mais importante da premiação. O uruguaio Jorge Drexler e o porto-riquenho Bad Bunny levaram para casa a maior parte dos troféus. Já a cubana Ángela Alvarez levou, aos 95 anos, o troféu de Artista Revelação, mostrando que alguém aí comeu mosca – e certamente não foi ela.
Crédito das fotos: Cortesia da Academia Latina de Gravação