Foi celebrada no Rio de Janeiro, na noite da última terça-feira (15), a primeira das duas missas pelo sétimo dia da morte da cantora Gal Costa. A homenagem foi celebrada pelo padre Jorjão e reuniu amigos e fãs da artista. Em se tratando de Gal, uma de nossas maiores cantoras, música e emoção não faltaram.
A homenagem foi acompanhada por artistas e empresários do meio musical. A cantora Bebel Gilberto, o casal de atores Sophie Charlotte e Daniel Oliveira, a ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda e o empresário Luiz Oscar Niemeyer, que presidiu a gravadora BMG, eram alguns dos presentes. O cantor e compositor Moreno Veloso, afilhado da artista, era dos mais emocionados.
A cerimônia foi aberta com “Força estranha”, de Caetano Veloso, executada ao vivo por um cello. Irmão da cantora, Guto Burgos foi chamado ao púlpito e lembrou o quão solícita a artista era com ele e com a família:
– Todas as vezes em que precisei, Gal tinha disposição para me ouvir e me aconselhar.
Durante a homilia, padre Jorjão discorreu sobre a voz da artista, chamada por ele de “instrumento de Deus” e demonstrando conhecimento sobre a trajetória da cantora. Um dos álbuns comentados por ele foi “Gal canta Caymmi”, lançado em 1976. Assim que o sacerdote encerrou sua fala, os versos de “Alguém cantando”, outra canção de Caetano, foram ouvidos e a emoção tomou conta de todos.
Antes de a missa terminar, o padre perguntou se alguém gostaria de se pronunciar, no que um grito de “Viva Gal Costa!” foi ouvido, provocando aplausos demorados – e merecidos – à memória da artista.
Finda a cerimônia, os músicos seguiram tocando em direção à praia, no que foram seguidos pelos presentes, como o ator Humberto Carrão. A parada foi na área que, nos anos 1970, ficou conhecida como Dunas da Gal. A homenagem acabou unindo tradição e vanguarda. E não poderia ser diferente em se tratando de Gal Costa.