Passados os dois (longos) anos de pandemia, diversos eventos que precisaram se adequar ao formato digital estão voltando ao presencial. O Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa (Festlip) é um deles. A festa que celebra o português, quinto idioma mais falado no mundo, reúne os nove países que também falam nossa língua como Portugal, Moçambique e Cabo Verde, para uma celebração que envolve música, teatro, debates e gastronomia espalhada por diversos pontos do Rio de Janeiro.
– Durante dois anos realizando o FestLip online, já que fomos afastados presencialmente devido a pandemia. É uma sensação de estreia e de reencontro, um sabor inédito de compreendermos, através da arte, que sobrevivemos e estamos de volta – afirma Tânia Pires, curadora e diretora da Festlip.
Nesta edição, o evento homenageia Ruy Guerra, um dos mais importantes nomes do nosso cinema, nascido em Moçambique e radicado no Brasil há mais de 60 anos. Com uma brilhante carreira que passeou sobre as mais diversas expressões artísticas, Ruy tem mais de 100 letras compostas com nomes como Milton Nascimento, Chico Buarque e Edu Lobo.
– Eu me sinto feliz e emocionado que o festival tenha me julgado merecedor de uma homenagem como essa. Sempre fui um apaixonado pela língua portuguesa – afirma Ruy do alto de seus 91 anos.
Como parte da programação, que teve início na noite da última quarta (10) e vai até segunda (14), o público tem a oportunidade de assistir a montagem de “O Cortiço”, inspirado no clássico de Aluísio de Azevedo (1857-1913), rebatizada como “(des)Cortiço”. Dirigida por Felipe Vidal, a peça conta com atores dos noves países participantes do evento.
Crédito das fotos: Cristina Granato