Carlinhos Brown ajudou, em fins dos anos 1980, a propagar no país o que ficaria conhecida como Axé Music. Como percussionista, participou de LPs de grandes nomes como Maria Bethânia e Caetano Veloso e, como autor, firmou parcerias com Marisa Monte e Arnaldo Antunes (com os quais formaria ainda os Tribalistas). Para celebrar os 60 anos que completa neste mês, o artista mergulha na praia do rock. E o resultado é o disco “Carlinhos Brown é mar revolto”, gravado juntamente com o grupo baiano Mar Revolto, que chega às plataformas na sexta-feira (04).
– Comecei a tocar rock no final dos anos 70, nas chamadas bandas de baile, em Salvador. Eram bandas que organizavam os repertórios e, como tinha facilidade para pegar as percussões de ouvido, comecei, de forma muito iniciante, nas bandas Monjes, Oliveira e Califórnia. Mas foi em uma banda chamada Torna Sol que fiz o encontro mais definitivo com o rock – relembra Brown ao NEW MAG.
Além da parceria com o Mar Revolto, na estrada desde os anos 1970, o novo trabalho conta com a participação especial de artistas como a Rainha do Rock Rita Lee, Tarja Turunen, ex-vocalista da banda finlandesa Nightwish, e os músicos Rafael Bittencourt e Bruno Valverde, respectivamente guitarrista e baterista do Angra.
Gravado originalmente em 2007, o álbum abre uma trilogia que vai abarcar títulos com temas instrumentais e um com músicas de Carnaval. Tudo para celebrar as seis décadas do artista.
Carlinhos também reforça a importância do cantor e compositor Moraes Moreira e do grupo A Cor do Som, egressos do grupo Novos Baianos e responsáveis por inserir percussionistas no rock:
– Eles foram fundamentais para impulsionar percussionistas em bandas roqueiras e, numa dessas oportunidades, fui convidado a integrar a Mar Revolto em participações no trio elétrico. Infelizmente, por questões financeiras na época, não consegui participar da gravação em estúdio com eles, mas o mais importante é que nunca deixei o rock – arremata.
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