A pandemia da Covid-19 fez com que Björk retornasse à sua terra natal, na Islândia, após quase quatro décadas de andanças pelo mundo. A artista levou o isolamento ao seu favor, e dele surgiu o álbum “Fossora”, o décimo da carreira, com lançamento para 30 de setembro. Björk vem ao Brasil em novembro e marca presença no festival Primavera Sound, no Distrito Anhembi, em São Paulo.
Aos 56 anos de idade, a cantora e compositora, que parece inata e imutável, segue com as suas melodias virtuosas, os cenários surrealistas e os figurinos icônicos em “Fossora” (One Little Independent Records), feito em um momento de transição. No álbum, Björk homenageia à mãe, que morreu em 2018 após uma longa doença, e traz a participação do filho Sindri, e da filha Ísadora, que interpreta uma canção sobre se despedir do ninho.
O nome do disco é a versão feminina da palavra em latim (fossor), que quer dizer “escavador” ou aquele que escava, e apresenta faixas que mesclam o melancólico, o romântico e o agressivo e que tratam do feminino, da ancestralidade, e de algo que está mais ligado à terra do que a algo sonhador. Nos clipes já lançados pela artista no seu canal do Youtube, é possível ver cidades feitas de fungos, e espaços subterrâneos, como um retorno do corpo à terra.
Crédito das fotos: Reprodução (Instagram)